Trago hoje o trabalho de um autor mineiro, o poeta e escritor Pedro Augusto Camargos Diniz. Seu trabalho traz à tona temas do cotidiano urbano, mas as pinceladas de cada texto mostram um lado menos colorido do ser humano e da vida moderna. Servem de alerta para que analisemos melhor o mundo que queremos no futuro.
Pedro, obrigado pela contribuição!
O Ritmo das Criaturas
A gente esquálida universal
passeia seus espectros sobre o lixo,
sob a pouca gente que voa
e sorve e suga e serve-se.
A multidão, no chão,
fica mais rápida a cada dia
mais voraz e menos forte
por força de cada dia.
A gente cega que voa, que suga
não absorve a diferença
entre as costelas brasileiras
e as costelas etíopes.
Biografia: Professor de Português e Literatura, nascido em Belo Horizonte (17/08/75), poeta e contista, com publicações em antologias poéticas (Letras de Babel, Entresiglos, Prêmio Wellington Brandão). Atualmente mora em Itaúna – MG.
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Realmente bom Juca!
E o site dele também!
Meu forte não é muito poemas (na infãncia, eu ainda me arrisquei em fazer alguns rsss), mas sei como é bonito e sei como valorizar uma obra literária.
Abraços
Poesia da realidade, forte...
Parabéns! Assim que tiver um tempo vou conhecer o site do moço!
Beijos, juca!
Não sei porque, mas os mineiros que conheço são tão poetas... e, por coincidência olha ai esse professor... é um poema e tanto!
parabéns!
abçs, Juca
Lucas de Oliveira
Jornal do Blog
Tô com a Du: forte muito forte!!!!!
Parabens!
A casa do Escirtor crescendo e bombando.
com mais um escritor de primeira linha.
Parabéns Pedro augusto, seu site é ótimo também.
Parabéns Juca meu lindo!
Juca, belo texto e belo post, Juca! Parabéns.
Bom, este é um comentário chamada para a primeira blogagem coletiva que me atrevo a fazer. Caso o tema te agrade e vc queira participar, apareça! Se preferir apenas conferir os posts do dia 17 de fevereiro, apareça também!
bjs
Oi, Juca! Belo poema apresentado hoje... sou suspeita, porque amo poesias, sejam elas romanticas ou realistas!
Abraços!
Oi Juca,
Há quanto tempo!! :D
Amei o poema; é lindo!
"A multidão, no chão,/ fica mais rápida a cada dia/ mais voraz e menos forte/ por força de cada dia." - é verdade. Parece que o ser humano esteja a perder a sua força, a sua vitalidade...a vida está repleta de tanta correria que vai desgastando as pessoas aos poucos. É necessário parar um pouco.
Bem, se dá para ver as costelas Brasileiras e as Etíopes, não há grande diferença...há? São seres humanos a sofrer, como o mesmo resultado (e políticamente com o mesmo fim).
Muito bom! Obrigada por teres partilhado connosco, este poeta magnífico :D!
Beijos
Tenho a impressão que quanto mais chove humanos, mais desumanos ficamos. Sem ritmo, sem passos, sem compassos.. andamos aleatóriamente correndo sem compassos, apenas esbarrando em seres que são humanos.. E nós? Somos o que?
"A multidão, no chão,
fica mais rápida a cada dia
mais voraz e menos forte
por força de cada dia."
(Pedro Augusto)
Beijos
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