sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Casa do Escritor: “O Ritmo das Criaturas”

Trago hoje o trabalho de um autor mineiro, o poeta e escritor Pedro Augusto Camargos Diniz. Seu trabalho traz à tona temas do cotidiano urbano, mas as pinceladas de cada texto mostram um lado menos colorido do ser humano e da vida moderna. Servem de alerta para que analisemos melhor o mundo que queremos no futuro.

Pedro, obrigado pela contribuição!

coffee

O Ritmo das Criaturas

 

A gente esquálida universal

passeia seus espectros sobre o lixo,

sob a pouca gente que voa

e sorve e suga e serve-se.

 

A multidão, no chão,

fica mais rápida a cada dia

mais voraz e menos forte

por força de cada dia.

 

A gente cega que voa, que suga

não absorve a diferença

entre as costelas brasileiras

e as costelas etíopes.

coffee

Pedro Augusto Camargos Diniz, poeta e contista

 

Biografia: Professor de Português e Literatura, nascido em Belo Horizonte (17/08/75), poeta e contista, com publicações em antologias poéticas (Letras de Babel, Entresiglos, Prêmio Wellington Brandão). Atualmente mora em Itaúna – MG.

 

Site: O Ritmo das Criaturas – poesia e conto

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Anônimo

Realmente bom Juca!
E o site dele também!

Meu forte não é muito poemas (na infãncia, eu ainda me arrisquei em fazer alguns rsss), mas sei como é bonito e sei como valorizar uma obra literária.

Abraços

Dulce Miller

Poesia da realidade, forte...
Parabéns! Assim que tiver um tempo vou conhecer o site do moço!
Beijos, juca!

Lucas Oliveira

Não sei porque, mas os mineiros que conheço são tão poetas... e, por coincidência olha ai esse professor... é um poema e tanto!

parabéns!

abçs, Juca

Lucas de Oliveira
Jornal do Blog

Carol

Tô com a Du: forte muito forte!!!!!
Parabens!

A casa do Escirtor crescendo e bombando.
com mais um escritor de primeira linha.
Parabéns Pedro augusto, seu site é ótimo também.

Parabéns Juca meu lindo!

Vanessa Anacleto

Juca, belo texto e belo post, Juca! Parabéns.

Bom, este é um comentário chamada para a primeira blogagem coletiva que me atrevo a fazer. Caso o tema te agrade e vc queira participar, apareça! Se preferir apenas conferir os posts do dia 17 de fevereiro, apareça também!

bjs

Dalva Nascimento

Oi, Juca! Belo poema apresentado hoje... sou suspeita, porque amo poesias, sejam elas romanticas ou realistas!

Abraços!

Max Coutinho

Oi Juca,

Há quanto tempo!! :D

Amei o poema; é lindo!

"A multidão, no chão,/ fica mais rápida a cada dia/ mais voraz e menos forte/ por força de cada dia." - é verdade. Parece que o ser humano esteja a perder a sua força, a sua vitalidade...a vida está repleta de tanta correria que vai desgastando as pessoas aos poucos. É necessário parar um pouco.

Bem, se dá para ver as costelas Brasileiras e as Etíopes, não há grande diferença...há? São seres humanos a sofrer, como o mesmo resultado (e políticamente com o mesmo fim).

Muito bom! Obrigada por teres partilhado connosco, este poeta magnífico :D!

Beijos

Anônimo

Tenho a impressão que quanto mais chove humanos, mais desumanos ficamos. Sem ritmo, sem passos, sem compassos.. andamos aleatóriamente correndo sem compassos, apenas esbarrando em seres que são humanos.. E nós? Somos o que?

"A multidão, no chão,
fica mais rápida a cada dia
mais voraz e menos forte
por força de cada dia."
(Pedro Augusto)

Beijos

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