quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

O preconceito não atinge apenas homossexuais e negros

Assistindo ao Globo Repórter da semana passada (28/11), um tema em particular chamou minha atenção: epilepsia. Até aquele momento, sempre que ouvia falar em preconceito pensava logo que os envolvidos ou eram homossexuais ou eram negros.

Certamente que tenho conhecimento que o preconceito é muito mais abrangente do que isso, mas, particularmente, acho que a tendência é amenizar o preconceito sofrido pelas pessoas nos demais casos, simplesmente por desconhecimento de casos próximos ou por pura ignorância.

Iberê participa de encontros regulares organizados em São Paulo pela Associação Brasileira de Epilepsia, em São Paulo. No grupo, eles dividem angústias. Ouvem conselhos de uma advogada que também tem a doença. Descobrem que precisam lutar muito contra a ignorância dos outros sobre a epilepsia. Uma imagem negativa que vem desde a Idade Média.

"Naquela época atribuía-se que fosse uma possessão demoníaca. Hoje em dia ainda se pensa nisso. Muitas pessoas, antes de procurar o médico, procuram auxílio espiritual. Não podemos proibir. Mas, de qualquer forma, o tratamento médico existe e, nesse caso, não é um problema espiritual – é um problema médico de saúde pública. É um distúrbio médico, tem tratamento. E a pessoa pode ser inserida na sociedade", ressalta a neurologista Laura Guilhoto, da Associação Brasileira de Epilepsia.

Fonte: Globo Repórter

O tema da epilepsia, principalmente pelo depoimento corajoso da auxiliar administrativa e dona de casa Iberê Cisneros, fez acender uma luzinha dentro de mim no sentido de nunca menosprezar o sofrimento alheio, de tentar me colocar no lugar daquela pessoa.

Muitos poderão argumentar que isso não é novidade. Sim, concordo! Mas o que quero apontar com isso é que só valorizamos nosso próprio sofrimento, na maioria das vezes. Além disso, optamos por afastar do convívio social as pessoas portadoras de alguma doença, antes mesmo de procurar conhecê-la mais a fundo.

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Creio já ter comentado em algum lugar do preconceito que Hevi minha filha sofreu durante anos por ser obesa e também o preconceito que minha nora sofre por ser portadora do virus da Epatite C.
É por isso meu Juca querido, que eu digo que não tenho nenhum tipo de preconceito sei bem o que é sofrer por isso.
Trato a todos com respeito e carinho.

Beijos em seu coração!

Adriana

Juca, muito bom vc tocar nesse assunto, pois o preconceito, infelizmente, é uma realidade para muita gente.

Tenho uma pessoa na família que sofre de epilepsia e ela não fala pra ninguém, pouquíssima gente sabe. Acredito que ela tenha receio dessa questão do preconceito. E ninguém desconfia, sabe por que? Porque ela se trata com medicação e vive uma vida perfeitamente normal, como todo mundo. Isso é uma prova de que o preconceito é a maior ignorância que existe. É lamentável. Eu acho que, talvez, se ela se mostrasse e falasse abertamente sobre seu problema seria uma grande lição, as pessoas veiram que a epilepsia é um problema como outro qualquer, que tem tratamento e não há porque esse estigma. Mas, cada um sabe o fardo que carrega, né...

Não posso deixar de comentar aqui que a questão espiritual é uma realidade, muitas pessoas melhoram bastante se ASSOCIAM o tratamento médico ao espiritual. Destaquei "associam" porque acredito que o tratamento médico é essencial, logicamente. Mas, se a pessoa tiver fé e não tiver preconceito (é, amigo, existe MUITO preconceito também em relação aos espíritas e os que seguem religiões afins), o tratamento espiritual ajudará, e muito! Isso, inclusive, já está sendo comprovado cientificamente, existem várias pesquisas nesse sentido (já coloquei posts sobre esse assunto no blog Magnetismo).

Beijos, teu blog está cada vez melhor!!

Anônimo

Muitas vezes o problema não é preconceito e sim ignorância. Com essa inclusão social que existe nas escolas, os professores, e eu me incluo nessa, têm muita dificuldades em lidar com alunos que possui alguma espécie de deficiência, seja física ou mental. Nós não fomos ensinados em como lidar com esse tipo de aluno, e eu mesmo nunca sei o que fazer numa situação dessas, já que na faculdade só aprendemos a lidar com o aluno ideal, que não existe. O governo simplesmente joga tais alunos nas salas de aula e espera-se que o professor seja tudo(psicólogo, pai, mãe...), menos professor.

Anônimo

Olha Juca, eu admito minha ignorância no assunto.


Lembrei-me de um homem, morador de rua, que ficava na calçada do Mercado que tinha lá na Cidade de Deus. Ele vendia umas bugigangas na calçada e passava o dia alí. Era conhecido por todos, principalmente pelo fato de vez ou outra ter uma crise. Quem passava na hora, sempre ajudava como podia. Mas a maioria desconhecia a melhor forma de ajudar. Faz anos que ele sumiu, acredito deva ter falecido.

Mas pq lembrei desse caso agora? Pq lembrei da forma como as pessoas o olhavam(inclusive eu, que era criança e não entendia nada), o tratavam, da forma como se referiam a ele como "o doente" e no caso dele a coisa era ainda pior, por se tratar de um "morador de rua".

Juca, eu não sei se sou digna de dizer que não tenho nenhum preconceito, pq afinal, o hábito de pré-conceituar está tão enraizado na gente, de tantas formas...

A ignorância é a mãe de todos os preconceitos.

Magno

Nosso perfil estava oculto, porém caso queira agora vc pode nos acompanhar, ptpetrolina. www.ptpernambuco.blogspot.com

Anônimo

É lamentável no mundo de hoje ainda termos preconceito. Infelizmente eu não pude assistir a reportagem, mas não pude deixar de ver o vídeo e começar a pensar em certas atitudes que temos, e em sua maioria das vezes tiramos as nossas próprias conclusões porque desde de crianças fomos ensinados que aquela é a verdade.
Infelizmente quando falamos em preconceito a única coisa que lembramos é de negros e homossexuais, mas esquecemos de uma pessoa que tem epilepsia, aids, classe social inferior e tantas outras opniões preconcebidas. É, porque o preconceito é isso, é temos uma opnião preconcebida de alguma coisa.
Para discutir ou opnar, temos que saber ao certo do que estamos falamos, ou de quem realmente estamos falando. Esses atos discriminatórios já passaram todos os limites posssíveis!!!
Por que não procuramos entender ao certo o que é a epilepsia (assunto abordado no momento) e depois tiramos as nossas conclusões, pois eu tenho certeza que se soubermos do que se trata e se tivermos conhecimento suficiente nunca descriminaremos ninguém. O que me irrita nessa sociedade hipócrita, é que as pessoas nunca sabem do que se tratam e já vão logo "metendo o pau!"
Confesso que aprendi sim, que a epilepsia era uma possessão demoníaca, e conheço muito pouco da doença, mas isso não justifica eu discriminar alguém por ser epiléptico. Tudo tem cura, e acredito que um dia médicos acharão a cura para essa doença nojenta que é o preconceito!!!

Beijos, Juca!!!!
Como sempre, né?! Arrasando em seus posts!!

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