Caros Amigos!
A matéria que deixo aqui hoje demonstra, em minha humilde opinião, a completa arrogância de um país que se diz "exemplo para o resto do mundo". Não sou antiamericano, ou anti qualquer país ou religião, sou contra radicalismos, eles não nos levam a lugar algum. Apenas acho que os EUA estão indo longe demais em sua luta "contra o terrorismo" pelo mundo afora.
Parece-me que eles tudo podem em nome dessa "limpeza". Mas esquecem que estão lidando com seres humanos, e um mínimo de dignidade deveria ser considerada. Será que não existe limite para a crueldade humana?
Abraços!
Juca
21/02/2006
Vexame dos EUA: tortura em nome da liberdade
As novas fotos da prisão de Abu Ghraib se constituíram nas mais recentes provas: a conta-corrente moral dos EUA está vazia -- e o país perdeu as guerras da imagem. O mundo islâmico inteiro não tem confiança na nação mais poderosa do planeta - Parte 1
As novas fotos da prisão de Abu Ghraib se constituíram nas mais recentes provas: a conta-corrente moral dos EUA está vazia -- e o país perdeu as guerras da imagem. O mundo islâmico inteiro não tem confiança na nação mais poderosa do planeta - Parte 1
Equipe Der Spiegel*
Leia também:
Parte 2 - O declínio moral do "País de Deus"
Parte 3 - "O repertório dos torturadores"
Parte 4 - O anti-americanismo chega às telas
São fotos que gelam o nosso sangue. Nos tiram o fôlego. Revolvem o nosso estômago. São espécies de fotos que nos fazem indagar que tipo de seres humanos faria tais coisas com outros seres humanos.
Elas provocam raiva, repulsa e vergonha. Uma das fotos mostra um prisioneiro ensanduichado entre duas macas, como se fizesse parte de uma propaganda perversa de hambúrguer. Em outra foto, um detento desorientado, com o corpo untado com uma substância não identificada, caminha tropegamente por um corredor da prisão. Uma terceira imagem mostra um homem encapuzado aguardando indefeso que alguém o retire de um banco, tendo fios elétricos presos ao corpo.
E há várias outras fotos -- todas elas mostrando prisioneiros sendo deliberadamente humilhados para deleite dos seus captores; homens desnudados e obrigados a ficar em uma postura de submissão. Mas não se trata só de humilhação -- as fotos também mostram dor física.
Em uma delas, um soldado norte-americano se ajoelha sobre as costas de um prisioneiro iraquiano nu. Ao lado, uma poça de sangue indica a violência do tratamento recebido pelo detento. Em uma outra, um prisioneiro se curva profundamente, como se fosse um lacaio, em frente a um oficial militar norte-americano: é "A Cabana do Pai Tomás" no Oriente Médio.
Mais uma vez, imagens da prisão Abu Ghraib ficam marcadas na memória coletiva do mundo, o legado chocante de uma superpotência que se descontrolou --ícones de vergonha para os Estados Unidos. Elas se transformarão nas imagens que as futuras gerações associarão à guerra no Iraque, assim como a foto de um chefe policial pró-americano de Saigon, apontando uma pistola para a têmpora de um guerrilheiro vietcongue, com o dedo preste a puxar o gatilho, se tornou um símbolo da Guerra do Vietnã.
Pouco relevante é o fato de as fotos até então não publicadas da prisão Abu Ghraib, tiradas em 2003 - cerca de 24 delas -- serem apenas variações de temas familiares. Também não importa que pelo menos alguns dos perpetradores -- foram poupados os oficiais de alta patente -- já tenham sido levados a julgamento em tribunais militares nos Estados Unidos.
Assim como as suas predecessoras, estas novas fotos contam com o poder para gerar uma dinâmica própria - o que faz delas o perfeito instrumento de propaganda para adversários ideológicos.
(continua...)
Leia a matéria completa diretamente da fonte:
UOL Mídia Global
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