quarta-feira, 21 de dezembro de 2005

Sidney Sheldon, Um dos Meus Autores Preferidos!

Caros Amigos!

Como fã de literatura, deixo-os com um de meus autores estrangeiros preferidos, simplesmente Sidney Sheldon. Esta matéria traz um pouco sobre a vida e as obras deste maravilhoso autor. Ao final, deliciem-se com uma pequena entrevista. Boa leitura!

Abraços!

Juca

Folha ilustrada

LITERATURA

Autor best-seller comenta a construção de suas tramas e afirma não se importar com críticas negativas

Clique no link abaixo para ler a matéria diretamente da fonte:
"Livros podem ser terapêuticos", diz Sheldon

JULIÁN FUKS
DA REPORTAGEM LOCAL

Dedique-se o leitor a descobrir a razão para a existência dos fenômenos editoriais e, por vezes, a explicação não soará tão complexa. No caso do norte-americano Sidney Sheldon, havia um sonho, e ele estava disposto a fazer tudo para alcançá-lo -qualquer semelhança com um conselho de auto-ajuda não será mera coincidência. Um sonho simples por sua indefinição: tornar-se famoso.


Não foi pouco, entretanto, o que o jovem Sidney Shechtel, auto-convertido Sheldon, teve de fazer para alcançar sua sina. Não é pouco o que narra, agora aos 88 anos, em sua recém-lançada autobiografia "O Outro Lado de Mim": o concurso que iniciava sua carreira de radialista, a ida a Nova York na tentativa de se tornar um compositor de sucesso, os contatos na Broadway para se converter em dramaturgo de sucesso, os anos de vivência intensa em Hollywood até ser roteirista de sucesso.


O apreço recebido pela série de TV de sua autoria "Jeannie é um Gênio" e o Oscar de melhor roteiro que recebeu por "Solteirão Cobiçado" (1948) anteciparam as estrondosas marcas que obteria com seus romances. Sidney Sheldon é simplesmente o autor mais traduzido de toda a história, para 51 línguas, tendo vendido, em 180 países, cerca de 350 milhões de exemplares de seus 18 romances.

Diante desse universo de números elevados, difícil descrever a surpresa que resulta de contrastá-los com outros: das 378 páginas da autobiografia, apenas 20, e com interrupções, são dedicadas a sua aventura de romancista. Surpresa ingênua, é preciso confessar. Afinal, para que explicar a natureza de sua criação se tudo pode se resumir a uma idéia: o desejo de escapar do anonimato, o desejo de que "as pessoas saibam que Sidney Sheldon esteve aqui"?

Pois sim, ingenuidade maior ainda por outro aspecto. Se há algo que ninguém pode negar a Sheldon é a capacidade de saber o que querem seus leitores: para que falar de literatura, se pode contar histórias de seu convívio com outros famosos, de Marilyn Monroe a Groucho Marx, de Cary Grant a Judy Garland? Sim, o melhor é deixar falar o autor de "Lembranças da Meia-Noite", "A Ira dos Anjos" e "Quem Tem Medo de Escuro?", entre muitos outros. Como na entrevista a seguir.

Folha - Por que dar tão pouco espaço, em sua autobiografia, aos romances que escreveu, se são eles os que lhe proporcionaram o reconhecimento ambicionado?
Sidney Sheldon -
Em "O Outro Lado de Mim", escrevi sobre meus primeiros anos na Broadway e em Hollywood. Eu só comecei a escrever romances quando tinha 50 anos de idade.

Folha - Julgando por essas histórias, parece que o essencial era obter sucesso, não importando em que área. Era uma necessidade?
Sheldon -
Não sei se sucesso é a palavra certa. Era sempre importante para mim fazer o melhor que podia em qualquer coisa que empreendesse. Mesmo quando fui trabalhar nos estúdios de cinema, o mais importante era fazer um bom trabalho.

Folha - Como o senhor explica a fama que obteve?
Sheldon -
Creio que meu sucesso se deve ao fato de que escrevo histórias que cativam a imaginação dos leitores. Meus romances têm personagens que o público costuma considerar interessantes, se passam em lugares glamourosos e geralmente são divertidos.

Folha - O senhor acredita que os americanos, de modo geral, são vítimas de uma cultura do sucesso?
Sheldon -
A cultura do sucesso, nos EUA, se aplica a um grupo limitado de pessoas. E todo país tem cidadãos que se vangloriam de serem bem-sucedidos.

Folha - No livro, o senhor parece dar certa importância às críticas que recebe, citando-as com freqüência. Como sente o fato de elas nem sempre serem positivas?
Sheldon -
A opinião dos leitores é muito mais importante do que a opinião dos críticos. O fato de 350 milhões de pessoas terem comprado meus livros é, para mim, reconhecimento suficiente.

Folha - Por que o senhor escreve? Como cria suas histórias?
Sheldon -
Escrevo simplesmente porque gosto de escrever. Começo com um personagem e construo a trama a partir dele. Na verdade, meus personagens é que escrevem as histórias.

Folha - O seu problema psicológico, descrito na autobiografia, afetou de alguma forma sua escrita?
Sheldon -
Acredito que os problemas psicológicos de alguns dos meus personagens são resultado direto do transtorno bipolar de que sofro, que me dá um melhor entendimento dessas questões [no livro, o autor conta que, em 1948, um psiquiatra diagnosticou um transtorno bipolar ou doença maníaco-depressiva].

Folha - O senhor acredita que sua família um tanto problemática o conduziu a se tornar um escritor?
Sheldon -
Se minha família contribuiu de alguma forma nisso, foi uma contribuição negativa.

Folha - O senhor conta que, quando seus pais brigavam, ia para a livraria para encontrar nos livros alguns "mundos pacíficos e serenos". A literatura deve ser assim?
Sheldon -
Os livros podem ser terapêuticos. Acredito que a maneira como meus personagens resolvem seus problemas pode ajudar os leitores a resolver os deles.

Folha - Por que quis fazer uma autobiografia? Tudo o que senhor escreveu até aqui, todas as vidas que inventou, foram para justificar a existência deste específico livro, em que conta a sua vida?
Sheldon -
Escrevi minhas memórias porque decidi fazê-lo enquanto sou jovem! Os romances que eu escrevi não existem para justificar nada -eles foram feitos para entreter o leitor.


O Outro Lado de Mim
Autor:
Sidney Sheldon
Editora: Record
Quanto: R$ 39,90 (378 págs.)

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