quarta-feira, 7 de setembro de 2005

Lição de Vida: Ray Charles!

Quero aqui fazer uma pequena homenagem a este maravilhoso ser humano, que tanto nos emocionou e continuará emocionando com suas músicas maravilhosas, que enchem nossas almas de paz, amor e esperança!! Exemplo de perseverança, dedicação e amor à vida!!
Ray, onde quer que você esteja (e com certeza está num plano muito iluminado!!) saiba que te amo muito!! Obrigado por tanto carinho e amor em forma de canções!! Obrigado por seu exemplo de vida!!
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Abraços a todos!
Juca
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Clique no link caso queira ler a matéria direto da fonte: RAY CHARLES!!
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Ray Charles
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Por Steve James
NOVA YORK (Reuters)
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Ray Charles foi um dos grandes inovadores da música norte-americana, misturando o gospel da igreja negra com a sensualidade do blues para criar um gênero emocionalmente cru chamado soul.
Ele morreu na manhã de quinta-feira em sua casa em Beverly Hills, Califórnia, aos 73 anos de idade, depois de uma prolongada batalha contra uma doença hepática.
"O único gênio no negócio", disse certa vez Frank Sinatra sobre Charles. A resposta de Ray Charles: "(O pianista de jazz) Art Tatum, ele era um gênio, e Einstein. Não eu."
Seja cantando blues ou tocando jazz, interpretando uma balada ou música country, Charles combinava as emoções cruas do gospel negro com a sofisticação do treinamento clássico.
Cego desde os 6 anos de idade, Charles venceu a pobreza na infância, e mais tarde o vício de heroína, para se tornar um dos cantores mais duradouros do mundo.
Mesclando influências tão diversas como Chopin e Sibelius, Tatum, Artie Shaw e Nat "King" Cole, Ray Charles ajudou a revolucionar a música popular nos anos 1950, abrindo o caminho para cantores como Elvis Presley, Buddy Holly, Chuck Berry e Sam Cooke e o que iria se tornar o rock 'n' roll.
Seu hit "I Got A Woman" é considerado a chave que abriu a porta para um cruzamento da herança musical negra na corrente musical americana branca.
Ao pegar o gospel tradicional "My Jesus Is All The World To Me" e acrescentar líricas seculares, Charles apareceu com uma canção que, embora não tenha ido parar nas listas de sucesso, foi popular nos dois lados de uma América racialmente dividida em 1954.
"Para os negros serviu como uma celebração descarada da negritude sem religião; para os brancos, abriu portas que sempre estiveram fechadas", disse Peter Guralnick, compositor e historiador.
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FUI BOMBARDEADO
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"Eu fui bastante bombardeado porque algumas pessoas achavam que eu era uma espécie de abominação da igreja. Mas aí as pessoas começaram a perceber...'o homem apenas está cantando o que ele sente. Ele tem que cantar do jeito que ele sente'. Foi aí que eu parei de tentar cantar como os outros", disse Charles em uma entrevista.
Na época, ele chamava seu estilo de "soul music" --uma década antes de ele ser reconhecido como um gênero distinto.
Nascido Ray Charles Robinson em 23 de setembro de 1930, ele foi criado em Greenville, Flórida, por sua mãe e a primeira esposa de seu pai. Sua mãe lavava roupa para pagar as contas e aos 5 anos de idade ele viu seu irmão mais velho se afogar em uma banheira. No ano seguinte, ele perdeu a visão por causa do glaucoma.
Aos 7 anos, sua mãe o matriculou na Escola para Surdos e Cegos St. Augustine, onde ele aprendeu a ler e a escrever música em Braille, a tocar piano, sax alto, órgão, trompete e clarineta.
Devastado aos 15 anos pela morte de sua mãe, ele abandonou a escola e seguiu para Jacksonville, onde começou uma carreira na música.Dois anos mais tarde, depois de tocar com uma banda de jazz e um grupo de hillbilly chamado Florida Playboys, Ray Charles pegou seus 600 dólares de economias e foi para Seattle.
Ali ele mudou seu nome para Ray Charles -para evitar confusão com o boxeador Sugar Ray Robinson-, fez sua primeira gravação ("Confession Blues" - 1948) e se viciou em heroína.
"Eu fiz isso a mim mesmo. Não foi a sociedade... não foi um traficante, não foi porque eu era cego ou negro ou pobre. Foi tudo minha culpa", ele escreveu em sua autobiografia "Brother Ray" (Irmão Ray).
Ele emplacou vários sucessos em rhythm and blues nos quatro anos seguintes e aprendeu o negócio.
"Ele parecia ter 40 anos", disse um jovem Quincy Jones, que encontrou Charles em Seattle. "Ele conhecia tudo. Ele conhecia as mulheres e a música e a vida, porque ele era tão independente."
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SUCESSO
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O sucesso chegou em 1952, quando a Atlantic Records fechou um contrato com ele para gravar "I Got A Woman." A canção não virou um sucesso imediato, mas Charles teve sua quantia de hits nos anos seguintes.
Outra canção ao estilo gospel, "This Little Light Of Mine," virou "This Little Girl Of Mine," e Charles apresentou um grupo feminino, as Raelettes, que faziam quase o papel de um coral em suas gravações.
Entre 1954 e 1959, Charles emplacou uma série de sucessos -- "Yes, Indeed," "Hallelujah, I Love Her So," "Drown In My Own Tears," e "Night Time Is The Right Time," antes de gravar seu primeiro álbum que vendeu um milhão de cópias "What'd I Say?" -- que foi proibido nas rádios em todos os EUA, mas mesmo assim virou sucesso.
Trocando de gravadora, saindo da Atlantic para a ABC aos 29 anos em 1959, Charles então gravou mais canções sentimentais como "Ruby" e "Georgia On My Mind," mas ainda emplacava hits R&B como "Hit the Road, Jack" e "Let's Go Get Stoned".
Em 1963, seu álbum "Modern Sounds in Country and Western Music" --que ele gravou com a ajuda de uma orquestra com 18 instrumentos-- emplacou quatro singles na lista dos 10 mais, além de "I Can't Stop Loving You", que vendeu 3 milhões de cópias.
Seus 15 anos como viciado em drogas tornaram-se públicos quando ele foi preso em 1964 em Boston por posse de heroína. Ele parou de fazer turnês em 1965 para tentar se livrar do hábito.
Em 1973 ele saiu da ABC Records e criou seu próprio selo, o Crossover, produzindo e gravando seus próprios discos.Em 1986, Ray Charles foi homenageado pelo presidente Ronald Reagan. Mesmo assim, ele considerava a maior honra de sua vida ter sua música "Georgia On My Mind" adotada como canção oficial do Estado norte-americano da Geórgia.
Charles teve pelo menos nove filhos com cinco mulheres diferentes. Seu casamento de 20 anos com Della, uma das Raelettes, acabou em divórcio em 1977.

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