Caros amigos!
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Fala-se tanto em qualidade de vida e bem-estar pessoal que resolvi postar esta matéria. Muito interessante como alerta para que cheguemos à velhice com considerável disposição, saúde e bom humor.
----------------Para isso, é preciso desde já, ou desde sempre, manter uma postura saudável em tudo o que queremos para nosso dia-a-dia. Neste aspecto, a alimentação ainda se apresenta como a principal fonte para alcançar a tão sonhada qualidade de vida.
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Como complemento à boa alimentação, a prática de exercícios físicos de forma moderada e constante, além de manter a mente sempre arejada e aberta às novidades, facilita chegar à velhice com mais disposição, humor e bem-estar!
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Abraços!
Juca
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Revista da Folha
20/11/2005
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Enquanto a pílula da juventude não vem, a arma para retardar o envelhecimento (e as doenças) pode estar no prato
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Guerra aos radicais
por Mariliz Pereira Jorge
por Mariliz Pereira Jorge
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O mundo era ainda uma criança e o imaginário da humanidade já alimentava a fantasia de interferir na engrenagem da vida: encarar a seqüência do nascer-crescer-envelhecer-morrer sempre foi, no mínimo, melancólico –nenhum problema com a primeira metade da equação, tudo contra a irreversibilidade da segunda. Tem mesmo que ser assim?
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Bruxos, alquimistas e seus hoje sucessores, os cientistas, sempre sonharam descobrir que não. Não por acaso, empresas de biotecnologia com nomes sugestivos –Rejuvenon, LifeGen Technologies, Longenity, Elixir Pharmaceuticals– investem milhões em pesquisa atrás da sonhada “pílula da juventude”. Os estudos seguem diferentes caminhos, mas o foco não poderia ser mais básico: a célula. Descobrir um modo de impedir sua degeneração e morte e perpetuar sua duplicação pode significar desvendar os mecanismos do envelhecimento, não apenas ajudando a evitar o surgimento de várias doenças relacionadas à idade como prolongando a juventude.
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Uma corrente significativa trabalha na teoria do médico americano Denham Harman, desenvolvida na década de 1950, que coloca o envelhecimento como uma guerra entre dois exércitos, o dos radicais livres contra os oxidantes, o primeiro de ataque, o segundo de defesa, ambos produzidos pelo próprio organismo e nas atividades cotidianas. Radicais livres são subprodutos do oxigênio, o mesmo combustível que nos mantêm vivos, e surgem após sua combustão, fazendo jogo duplo: ao mesmo tempo em que atuam como soldados na destruição de agentes invasores infecciosos, funcionam como “terroristas” quando atacam as próprias células, provocando sua degeneração e morte.
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De sua luta permanente contra os oxidantes, a “polícia” formada por enzimas e outras substâncias químicas, resulta o estresse oxidativo, mortos e feridos que vão se acumulando no organismo ao longo dos anos. Segundo a americana Jean Carper (leia entrevista na pág. 14), estima-se que, aos 50 anos, 30% da nossa proteína celular tenha sido convertida em lixo oxidativo.
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Assim, enquanto a pílula dos sonhos não dá o ar da graça, os partidários da corrente apostam no que é possível: tentar debilitar o exército agressor e reforçar o defensor, reduzindo a produção/ingestão de radicais livres e aumentando a de antioxidantes. Como? Evitando hábitos e condições ambientais negativas e, principalmente, abusando de substâncias antioxidantes.
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Há quem acredite, como o médico americano Michael Roizen, do RealAge Institute, que uma alimentação correta por si só teria esse poder, desde que ingerida nas quantidades certas. “Tente comer diariamente quatro porções de frutas, cinco de vegetais, duas de cereais integrais e de uma a três porções de derivados de leite desnatado, mais duas porções de proteína”, aconselha Roizen.
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Para outra legião, os nutrientes essenciais só poderão ser encontrados em doses eficazes de suplementos, vendidos nas farmácias. O próprio Denham Harman, que completa 90 anos em fevereiro e continua na ativa, não deixa de tomar suas pílulas de manhã.
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Mas boa parte dos que jogam nesse time prefere ser cautelosa. “Não há dúvidas de que há benefícios, mas ninguém deveria tomar suplementos sem orientação”, diz Kose Horibe, da Academia Brasileira de Medicina Antienvelhecimento.
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Para Paulo Olzon Monteiro da Silva, chefe de clínica médica da Unifesp e especialista em doenças oxidativas, a polêmica da suplementação tem uma explicação simples. De um lado, sabe-se as doses diárias que os indivíduos precisam para exercer suas funções básicas e vitais. “O problema é que a medicina não conseguiu estabelecer que doses são necessárias para que esses nutrientes tenham um poder antioxidante”, esclarece.
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Horibe explica que ainda não há testes que possam mostrar o nível de estresse oxidativo do organismo, mas que há exames que mostram deficiências de minerais e vitaminas. São os praticados pela controvertida medicina ortomolecular. “Esses resultados aliados a um exame clínico completo que inclui testes cognitivos, de força física, estresse, insônia e impotência, por exemplo, podem credenciar o profissional a receitar suplementos”, explica Horibe.
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Para os opositores, a medicina ortomolecular ainda deve provas científicas de que realmente funciona; de seus pacientes, requer um bolso muito bem abastado. “Ainda é muito caro”, reconhece o dermatologista e especialista em medicina antiidade Amilton Macêdo Araújo. “Os pacientes gastam de R$ 300 a R$ 1.200 por mês em suplementos. E tem mais, ninguém vive só de pílula. As pessoas precisam aprender a comer. Uma mudança na alimentação já seria um passo enorme no combate ao envelhecimento”, aconselha.
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Do outro lado, Olzon, da Unifesp, faz coro: “Mudar o estilo de vida e ter uma alimentação rica em nutrientes e antioxidantes me parece uma medida mais real e bastante eficiente no combate aos radicais livres e ao envelhecimento”. Que tal fazer o possível, enquanto o sonho não vem?
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